Minha História

Olá, seja em vindo (a), ao Diário da Ju.

Está escrito no livro de provérbios, 16:9 “o coração do homem considera o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos”.  

Eu aprendi que a bíblia, um livro não lido por muitos e que já deveria ter sido lido por todos, é um manual para vivermos enquanto o Senhor quiser manter nosso fôlego de vida aqui na terra.  

Quero compartilhar com vocês o dia em que, aos 29 anos de idade, me marcou muito. 27 de dezembro de 2014, essa foi a data que mudou a minha história de maneira que nunca pensei. 

Então, vamos lá? Vou te contar tudo. 

Em uma viagem com o meu esposo, para o estado de Maceió–AL, vivemos dias maravilhosos, aproveitando a beleza oferecida por Deus naquele lugar, explorando pontos turísticos e fazendo a nossa 2ª lua de mel, esse foi o objetivo daquela viagem que parecia linda. Tínhamos muitos planos para quando voltássemos para casa, projetos a desenvolver, mas não foi o que aconteceu.  

Na noite de 26 de dezembro, após jantar com o meu esposo, passando em frente a uma praia que conhecemos assim que chegamos em Maceió, e ele não tinha demostrado interesse algum em tomar banho nela, até porque aproveitamos praias lindas, ele disse “Eu não vou embora sem tomar um banho nessa praia”, nesse momento eu senti algo estranho, mas não entendi o que era, e eu disse: eu venho também. Naquele momento rapidamente pensei, que eu precisava estar ali para protegê-lo, mas não imaginava do que, muito menos que algo de fato aconteceria. Pensei em dizer: tome esse banho agora, mas não consegui e seguimos para o hotel.  

No dia seguinte, ele acordou bem mais cedo do que eu como ele tinha costume de fazer. Eu acordei com o barulho do chuveiro, mas não tinha forças para me levantar, lembro-me de ter pego no sono novamente e acordei com ele me dando um beijo seguido de um “eu te amo, já vou”, e eu dormi profundamente.  

Quando acordei daquele sono tão profundo, ao mesmo tempo tão estranho, o meu coração estava acelerado, tentei ligar par meu esposo e a ligação já caia na caixa postal, as mensagens já não eram respondidas. Tentei manter a calma, mas o sentimento de que algo havia acontecido tomou conta do meu coração. Me senti aflita, angustiada, uma sensação muito estranha. Tomei um banho rápido, vesti a roupa, continuei ligando, as ligações continuavam a cair na caixa postal. Já pronta para sair do hotel e ir à procura do meu esposo, com muita vontade de encontrá-lo e brigar com ele por ter demorado tanto, isso é o que eu desejava que tivesse acontecido, lembro-me que em seguida eu pensei: não, quando eu o encontrar vou beijá-lo e abraçar muito, dizer para ele que nunca mais faça isso comigo, porque eu quase morri de preocupação, mas eu não pude falar de nenhuma das duas maneiras. 

Um casal de amigos que estava conosco, foi até o quarto se despedir, eles iriam voltar naquela manhã. E eu falei para eles que estava muito preocupada, que o meu esposo tinha descido para tomar banho de praia, e ainda não tinha voltado. Pegamos o elevador juntos, eu fiquei no andar da recepção do hotel e eles seguiram para garagem.  

Lembro-me que assim que sair do elevador o segurança do hotel me olhou e balançou a cabeça, hoje eu entendo que ele quis dizer: “sinto muito”. Na hora eu nem imaginei nada, dei bom dia e segui.  

Resolvi ir ver se ele estava no restaurante do hotel, com o coração cheio de esperança de encontrá-lo, mas não estava. Então perguntei a funcionárias que estavam na recepção do hotel se elas tinham visto meu esposo, nem sei por que fiz aquilo, com tantos hóspedes por que elas iriam lembrar de nós? E então uma delas perguntou se eu tinha uma foto dele, e eu mostrei a tela do meu celular. Ela me respondeu, “Não, ele não veio tomar café da manhã”. Eu agradeci e segui em direção a saída do hotel porque o jeito era ir até a praia em busca dele. Logo que sair do hotel, uma das funcionárias que estava na frente do restaurante do hotel veio correndo, me chamou e disse: “Seu esposo sofreu um acidente”, eu perdi o controle das minhas pernas, perguntei do que, onde ele estava? E ela disse que ele estava em um pronto socorro, naquele momento, eu senti o chão rodar e tudo que estava diante dos meus olhos. Voltamos para o hotel, ela disse que o gerente dela daria mais informações.  Eu já chorava muito, queria ir ao pronto socorro que ela disse que ele estava, e eles não diziam onde era. Nosso amigo voltou da garagem com a família, a esposa dele disse que quando ia entrar no carro pediu a ele para voltar pois ela estava com um mal pressentimento. Quando ele me viu chorando perguntou o que tinha acontecido, eu disse o que a funcionária do hotel me falou, e pedi a ele para pegarmos o carro para achar o hospital, eu só queria ver meu esposo, eu só queria sentir a paz de abraçá-lo, dizer o quanto eu o amava e que eu estava ali para cuidar dele e tudo iria ficar bem. 

Infelizmente não foi o que aconteceu, dentro de pouquíssimos minutos eu descobri que não teria mais essa rica oportunidade, que aquele que eu tanto amava, que uma hora antes tinha dito “eu te amo”, não falaria mais comigo, ele não me ouviria mais falar com ele, eu não ouviria mais a sua voz.  

Fomos levados para uma sala, e eu queria sair dali para ir ao encontro do meu esposo, eu não entendia por que estavam demorando tanto, mas em nenhum momento passou nem nos meus mais distantes pensamentos que ouviria o que eu ouvi. A porta voz do hotel, a funcionária que se reportou a mim, que tentou me dar a notícia da maneira mais tranquila possível, disse para nós: “Um homem foi assaltado, recebeu um tiro e se foi ele faleceu”, nessa hora eu já nem me lembro se estava de pé, eu só lembro de ouvir a minha amiga dizer “É ele”. Como eu queria que não fosse, como eu gostaria que ele aparecesse ali e dissesse: “estou aqui, foi um mal entendido”, foi horrível, palavras não são capazes de descrever o que senti naquele momento.  

Logo ela nos conduziu para fora do hotel, caminhamos até o local onde ele estava, não me deixaram chegar perto imediatamente, ali já estavam militares de diversas corporações e até funcionários do IML.  

O dia estava tão ensolarado, as árvores próximas com folhas verdes e um vento tão sereno, olhei e vi aquele que eu tanto amava, que era um grande admirador das belas paisagens criadas pelo nosso criador, deitado no chão, com a aparência tão serena que parecia dormir. Naquele momento eu ajoelhei ali naquela rua, não me importei com quem estava me vendo, olhei para o céu e perguntei ao Senhor: Por que Deus? Eu me senti no direito de dizer a Deus: O Senhor vai ressuscitar, não posso ficar aqui sem ele. 

Os anos passaram-se, depois daquele dia vivi muitas coisas, hoje após nove anos, faltando poucos meses para completar 10 anos sem o meu esposo, tenho algumas experiências que nem nos meus maiores sonhos ou piores pesadelos eu imaginaria que poderia viver.  

Aprendi muitas coisas, descobri circunstâncias, vi o que nem pensei que existisse, mas entre tantas situações vividas eu aprendi que Deus jamais me deixaria só.  

Hoje estou aqui, vivendo com Deus e para Deus, tenho certeza de que essa foi a melhor escolhe que eu fiz. O Diário da Ju é um instrumento nascido no coração de Deus, para compartilhar uma história de superação, amadurecimento e conhecimento do poder sobrenatural de Deus, na vida de um ser tão limitado.  

Quer saber mais? Clica no menu Diário e acompanhe dia após dia do novo tempo que Deus trouxe a minha vida. 

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